a viagem

Resolvi contar em blog nosso diário dessa viagem pois ela não é uma viagem como as outras. Essa é uma especial. Que viagens transformam nossa vida, sabemos, mas essa tem um objetivo específico.

Quando resolvemos que viríamos para Itália tentar fazer a cidadania do André (e das crianças) sabíamos que não seria fácil, e não está sendo. Na primeira etapa, onde tivemos que fazer a busca dos documentos, programamos os passos com antecedência para que nada ficasse para última hora. hhaehaheehehahe pois é, TUDO ACABOU FICANDO PRONTO 4 DIAS ANTES DA NOSSA PARTIDA. Uma hora dessas escreverei sobre isso.

A questão é que por conta disso, os últimos trinta dias em que eu deveria ter passado organizando as coisas para A VIAGEM foi usado para resolver burocracias e retificações em documentos. Sem contar o sistema nervoso atacado de ter que fazer cada coisa umas duas ou três vezes. E olha que só fui atendida por gente bacana, desde os cartórios, o tradutor que foi compreensivo e corrigiu as certidões já traduzidas em menos de uma semana, os agentes das companhias aéreas.. mas por algum motivo nada se resolveu nas primeiras tentativas. Isso nos fez pensar algumas vezes que não estávamos no caminho certo. Mas enfim..em nosso apartamento no Brasil, por sorte, ficaram duas amigas queridas que se prontificaram em resolver váárias pendências para nós :)

SIAMO ARRIVATI IERI e o trajeto até aqui, de certa forma foi tranquilo. As crianças já tinham vivido a experiencia de viajar em avião algumas vezes. A novidade foi ter que passar a noite viajando. Para eles foi difícil, para nós um pesadelo. Na verdade para mim nem devo dizer pesadelo pois nem dormi.

Notícia boa foi chegar no aeroporto em Fiumicino e passar na frente de uma multidão tão grande que nem consigo fazer ideia de mais ou menos quantas pessoas tinham, graças ao bom rapaz funcionário que nos convidou para a fila de prioritários. Ele nos salvou aquele dia. O Martin já estava se arrastando no chão desde a saída do avião, a roupa dele que era cinza estava marrom. E a fila que nos colocaram tinha três pessoas na frente. Quando o oficial nos chamou, carimbou os passaportes, nenhuma pergunta, estávamos liberados. Isso minha gente, foi o nosso Benvenuti in Italia!

O responsável pelo nosso transfer estava com uma plaquinha escrito DEA MEISSNER DUCCI e sorriu para mim quando fiz contato visual. Ele deve ter visto minha cara de feliz e aliviada (nem preciso dizer que o motorista que havíamos combinado disse, um dia antes, que não poderia nos buscar mas ok, enviou um colega) O colega se chamava Signore Spartaco e foi a primeira pessoa italiana com quem iniciamos uma conversa em italiano que ultrapassou o grazie. Eu disse isso para ele, claro. Quem me conhece sabe (Lorena essa foi para você) o quanto eu estava ansiosa para esse dia chegar.

Comecei a estudar italiano no momento em que decidimos que não iríamos contratar uma assessoria pois o dinheiro investido nesse processo valeria muito mais com esse aprendizado. Presente da minha sogra que é minha segunda mãe <3

Durante o curso me apaixonei por esse país. Comecei a seguir italianos no Instagram, só assisti filmes italianos (já assistiram PRANZO DI FERRAGOSTO?) ou filmes dublados em italiano, livros, música, tudo o que eu pude para me inserir no contexto. Valeu a pena.

Quando chegamos no endereço da nossa nova morada, a chave estava em um envelope, aberto, para fora da caixa do correio. Estava escrito DEA. E assim aquele sonho de viver num país mais seguro começou a se tornar realidade.

A dona da casa onde estamos morando morou no Brasil por 7 anos e fala português, ela é um amor, nos faz sentirmos acolhidos e a Teresa já está apaixonada por ela, claro.

Ainda é verão aqui então fa caldo! Passamos o dia ontem como zumbis, pois aqui o horário é adiantado exatamente 5 horas. De manhã descansamos e à tarde fomos fazer compras de provisões para a casinha. No final do dia fomos conhecer a praia. O Martin voltou dormindo no meu colo e emendou a noite.

Dormimos relativamente bem mas ainda tivemos dificuldade para levantar hoje pela manhã. Nos preparamos e fomos até Civitavecchia, uma cidade vizinha para fazer o Codice Fiscale. Mais uma vez fomos bem recebidos. É importante prestar muita atenção com os horários dos ofícios pois não possuem um horário comercial, cada dia da semana tem um horário específico bem particular. Por exemplo quando chegamos a Agenzia dell'Entrate estava fechada. Aproveitamos para fazer um lanche enquanto esperávamos, tudo bem.

Quando a Agenzia abriu, nos pediram para preencher uma ficha e anexar uma cópia do nosso documento. A grande maravilha é que nesse horário a casa que faz o xerox ali perto está fechada e só reabre depois que a Agenzia fecha :D Agora para aqueles que dizem que os italianos são rudes, passei na frente de um escritório e avistei uma dessas impressoras/scanners. Pedi por favor que me ajudassem, pois precisava muito fazer uma copia bla bla bla e as moças, muito queridas xerocaram nossos passaportes e não quiseram cobrar por isso. Nessa hora pensei na minha mãe e na minha sogrinha que devem estar fazendo preces, hehe.

Saímos de lá resolvidos e fomos a pé até a estação de trem, pois nos disseram que o passeio pelo porto seria lindo. E foi.

Amanhã vamos tentar ir para praia mais cedo, hoje fomos novamente ver o pôr do sol.








Comentários

  1. Que legal acompanhar suas experiências pela Italia! Quando vocês estiverem curtindo o por do sol ai nesta sexta, Beatriz, Cris e eu estaremos contemplando Guartela, o maior Canion do Brasil e o sexto maior Canion do mundo.Boa sorte por aí !!!😀

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    1. Massa! O Guartela está muito lindo, ficarão em alguma pousada?

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  2. Que legal Dea! Vamos acompanhando!!!

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